Acredita-se que o montante de ouro, prata e pedras preciosas, guardadas em quatro câmaras no subsolo do templo, foi enterrado por marajás da dinastia que governava a região ao longo do tempo.
A abertura do subsolo do templo de Sree Padmanabhaswamy, construído no século XVI, foi autorizada pela Suprema Corte da Índia, que temia pela segurança do tesouro.Embora peritos insistam que não é possível avaliar o valor da descoberta, estimativas falam em até 250 milhões de euros.
Os descendentes da dinastia de Travancore, que por séculos governou a região e perdeu todos os poderes após a independência da Índia, em 1947, entraram na Justiça para ficar com as peças, mas o processo foi rejeitado.
O actual marajá (que não é reconhecido oficialmente), Uthradan Thirunaal Marthanda Varma, tem sido o responsável pela manutenção do templo. O governo irá administrar o local a partir de agora.
Até ao momento, apenas duas das quatro câmaras foram abertas. Calcula-se que o tesouro estava intocado há mais de um século.
Um grupo de sete pessoas, entre arqueólogos, representantes do governo e da família Travancore, participou na abertura das câmaras. Muitas lendas da região falavam na localização e no tamanho do tesouro, mas sempre se pensou que fosse apenas isso, lendas.
Um dos membros do grupo, Anand Padmanaban, disse que “há peças do século XVIII”. Por causa da quantidade, “não foi possível contá-las, mas estão pesando-as".
A batalha judicial que culminou na descoberta do tesouro teve início após um advogado local questionar a propriedade do templo por parte dos descendentes da dinastia Travancore.
Os Travancore se consideram servos de Padmanabhaswamy, divindade a quem o templo é dedicado, que seria um dos aspectos do deus Vishnu, um dos mais importantes no hinduísmo.
Por isso, os membros da família teriam guardado suas riquezas no subsolo do templo.
O marajá Uthradan Thirunaal Marthanda Varma afirma que tem o direito de controlar o templo por causa de uma lei especial indiana, decretada após a independência, que dava a posse do local ao então líder da dinastia.
No entanto, o pedido de Marthanda foi rejeitado, já que, atualmente, marajás são considerados cidadãos comuns no país.
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